Sri Sri Guru Gauranga Jayatah!

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sinceramente ainda que adhama,

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sábado, 14 de junho de 2008

as leis da natureza

"Qual é o Problema desse Mundo??"

por Srila A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada



No dia 16 de fevereiro de 1957, tivemos um encontro em Bharatiya Vidya Bhavan para discutirmos o assunto mencionado acima. Homens de caráter destintos e de diferentes categorias discutiram sobre o assunto, mas praticamente ninguém pôde nos dar uma direção definitiva sobre o que, na realidade, é o problema, e isso estava perturbando toda a situação.

Esse sentimento incômodo na existência de nossas vidas é um bom sinal em direção ao progresso. É essa urgência em saber o que está errado no mundo que nos perturba? Essa perturbação não é novidade, mas sim um assunto permanentemente presente no dia-a-dia de nossas vidas. No percorrer da vida, em diferentes momentos e de diferentes maneiras, essa perturbação aumenta. Tais problemas estão conectados com as variações de relacionamento entre nossa mente e corpo, outras entidades vivas e fenômenos da natureza.

A irritação atual entre os lideres políticos em relação a Kashmir é um problema que envolve outras nações amigas. Kashmir é parte da Índia, não apenas hoje em dia mas desde tempos imemoriais, mas o problema em Kashmir nasceu, obviamente, porque o mundo foi criado de tal maneira que problemas sempre irão existir, as vezes eles são causados pelo corpo, outras entidades vivas ou fenômenos da natureza.

Esses problemas agem como uma floresta em chamas. O fogo surge na floresta densa sem que precise ser causado por nenhuma entidade viva. Nenhum habitante da floresta deseja o surgimento de tal incêndio, mas ele ocorre sem nenhuma demanda. Quando incêndio começa, os habitantes da floresta estão encurralados e as vezes todos eles morrem num massacre. Não há Brigada de Incêndio na floresta ou no topo das montanhas, então não há esperança do fogo ser extinguido por nenhuma tentativa humana. Ele nasce pelas leis da natureza, e é extinguido pelas leis da natureza também, ou seja, quando ocorre um temporal na floresta. Essa é a lei da natureza e nenhum cérebro humano, não importa o poder que tenha, pode desvendar tais problemas.

Uma pessoa inteligente, que tenha desenvolvido qualidades refinadas em sua consciência humana, pode entender que toda lei é feita por um cérebro inteligente e que há sempre alguém por detrás de toda e qualquer lei. Então, por detrás de todas essas leis da natureza, há um Juiz Supremo, que é a Suprema Personalidade de Deus. No Bhagavat-gita é dito que as leis naturais são rígidas e não podem ser subjugadas por ninguém. Mas quem quer que se renda ao Senhor Supremo pode subjugá-las.

O rei é aquele que faz as leis e se ele quiser ele pode perdoar alguém que age contra a lei, através da prerrogativa do Rei – pela ‘misericordia do Rei’, mas o Rei nunca é jugado errado mesmo que as vezes ele faça algo que seja contra a lei. Isso é um exemplo de um homem comum no mundo fenomenal, mas a mesma ideia é aplicável no assunto, as leis Supremas são assim também.

As leis da natureza são como as ações policiais feitas pelos agentes de Deus. Existem homens que estão extremamente cativados pelo glamour da beleza material e tentam desfrutá-la falsamente, tais homens não conhecem o Criador de tal beleza, e eles são conhecidos como demônios.

As rígidas leis da natureza são feitas para os criminosos e não para os que seguem as leis. Por isso, a resposta perfeita para a pergunta: ‘Qual o problema desse mundo?’, é que os homens se tornaram demônios porque infringiram as leis de Deus, e dessa forma eles estão sendo punidos através das ações policiais da natureza material. Isso é explicado pelas escritura e é a nossa experiencia dia após dia..

No Bhagavat-gita (cap 16) há uma descrição vívida sobre os homens demoníacos que infringem as leis, e tais homens são punidos pelas leis de Deus – e as leis de Deus são mantidas.

A civilização Humana age de duas maneiras. Um tipo de civilização capacita os seres humanos a terem qualidades divinas. E o outro tipo faz dos seres humano monstros selvagens, e fazem desse mundo um lugar impróprio para a habitação humana.

O ser humano é conhecido como animal racional. Quando a racionalidade é destruída, resta dentro ao ser humano ser apenas um animal comum. As diferenças entre os seres humanos e os animais são baseadas na força das propensões humanas serem mais elevadas que as animais. A parte animal presente no ser humano é aquela que necessariamente requer comida para comer, abrigo, proteção contra os medos e gratificação dos sentidos. Esses quatro princípios de vida são comuns tanto nos homens quanto nos animais. Mas há algo mais, que é especial apenas para os seres humanos. Isso é consciência de Deus. Essa consciência de Deus é inexistente na vida animal, enquanto na vida humana essa consciência de Deus se encontra em estado dormente até mesmo na sociedade dos aborígines. Esse tipo de consciência de desenvolve em diferentes níveis na civilização humana dependendo de lugar, tempo e pessoas. Tal consciência também é conhecida como Religião ou Cultura de Vida, sem a qual nenhuma civilização pode se erguer.

A civilização de hoje em dia está tentando tirar a consciência de Deus da vida dos seres humanos através de métodos artificiais da ciência material e do ateísmo forçado. Certa vez, num estado ateu, os governantes chamaram pessoas que moravam em cidades do interior para orar na Igreja pelo pão de cada dia. As pessoas do interior inocentes rezaram na Igreja, e quando a oração terminou os governantes perguntaram se algum pão havia surgido. Os fiéis responderam que não. Os governantes ateus pediram que eles rezassem por pão a eles (governantes) e imediatamente os governantes deram pão aos que estavam rezando. E com esse método as pessoas do interior foram vitimas da propaganda ateísta dos políticos, e como resultado elas perderam aos poucos fé em deus. Porque erroneamente eles aceitaram que o pão foi dado pelos governantes e não por Deus.

As pobres vitimas de tal propaganda não entenderam que os pães não foram feitos pelos políticos mas na verdade eles foram mandados por Deus. Nenhum politico pode fazer pão sem ter trigo. Trigo não pode ser produzido sem os raios do sol e chuva do céu. A chuva não vem sem o comando de Deus. Nenhum ateu seria capaz de sobreviver e desacreditar em Deus sem ter pão para comer.

E por isso quem quer que coma pão sem conhecimento em gratitude de sua divida para com Deus é certamente digno de punição. Está se aproximando o tempo em que não haverá mais trigo nos campos e os políticos não serão capazes de suprir a necessidade de pão das pessoas. O problema da fome já está aguçado.

A civilização ateísta vai piorar mais e mais com o progresso do materialismo. Nós temos tantas previsões das páginas do Srimad Bhagvatam. Quanto mais as pessoas se tornam ateístas, mais perturbações nos seguem. E este é o problema que enfrentamos. Estamos no tipo de civilização errada.

A. C. Bhaktivedanta Swami