Como pode uma alma condicionada capturada por maya compreender sua verdadeira identidade? Como ela pode obter esta consciência original, o começo da pureza, a auto-identificação como um servo do Senhor? Ela não pode compreender isto a não ser que Krsna a ensine. Porque Krsna é nosso único amigo e bem-querente, Ele fala o sastra somente para nos ensinar. Mas baseado em nosso próprio mérito, inteligência ou conhecimento mundano, não podemos compreender o sastra. É uma questão de tattva-vicara. Existem dois tipos de considerações, dois tipos de compreensão do sastra: apara-vicara e tattva-vicara, consideração aparente e consideração absoluta. Nossa filosofia vaisnava está baseada somente na consideração absoluta, tattva-vicara. Apara-vicara é condenado. Assim, um guru, um tattva-acarya é necessário.
Quando você está muito ávido – “Como posso conhecer este tattva-jñana?” – então você deve se associar com um sadhu – adau sraddha tatah sadhu-sangah. Você deve ouvir com submissão o que o sadhu tem a dizer. Colocando fé firme nas palavras do sadhu, você deve se render. A não ser que você se renda, você não pode colocar fé completa nas palavras do sadhu. Não! Mesmo que você vá até ele, se sente e ouça, ainda assim você não pode conseguir a sua misericórdia. Você não tem fé nas palavras dele porque você não se rendeu.
Por ouvir de um sadhu apropriado você pode entender qual a sua verdadeira identificação: “Oh, ami krsna-dasa, sou um servo de Krsna”. Aqui é dito que a auto-identificação como um servo do Senhor é o começo da pureza da consciência.
[Trecho traduzido do livro Pariprasna – The process of Inquiry de Sri Srimad Gour Govinda Swami Maharaja.]
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